Você tem sido bem tratado por empresas de serviços? E por companhias aéreas? Existem empresas que se preocupam com e cuidam do cliente? Ou você acha que as empresas estão procurando fazer seu trabalho, apesar do cliente?
Pois foi com esta sensação que fiquei, recentemente, ao fazer uma escala em Miami. Acompanhe o episódio.
Eu havia chegado a Miami por volta de 7:00. Meu próximo voo, para Atlanta, sairia às 11:25. Que fazer, com tanto tempo pela frente?
Costumo dizer que, depois da invenção de notebooks e de tablets, além dos livros e revistas de há tanto tempo, sempre arranjamos algo para ocupar o tempo, quando temos que ficar esperando, como numa escala demorada destas.
Após tomar um café da manhã numa loja Starbucks, uma e outra passada pelas diversas lojas com produtos e preços tentadores, acabo sempre ligando o tablet e encontrando um motivo para fazer upload de alguma coisa.
Dirigi-me assim ao portão de embarque indicado no cartão impresso, e, por volta de 8:00, sentei-me numa poltrona próxima a uma tomada que pudesse recarregar a bateria do tablet, enquanto me dedicaria a alguma atividade.
Com tanto tempo pela frente, e dedicado a uma atividade que muito me envolveu, apesar de estar ao lado do portão indicado no cartão de embarque, com a aproximação do horário previsto para saída do voo, nenhum informe foi dado, ou anunciado, sobre mudança ou atraso.
Eu também não procurei por informações junto ao balcão da companhia aérea. Acreditei, e apostei que, como costuma ocorrer no Brasil, em caso de atraso ou alteração do portão de embarque, a companhia aérea informaria.
Que engano!
Eis que, já passado horário previsto para saída do voo, sem ver nenhuma sinalização sobre o meu voo, f tomei a iniciativa de me informar junto à companhia aérea.
E tive a desagradável surpresa. O funcionário consultou o terminal, e informou que aquele voo já havia saído, me orientando a buscar o “service desk“, não muito longe dali.
Um tanto quanto angustiado, ansioso e apreensivo, dirigi-me, quase correndo, ao local indicado, à procura do “service desk“.
Qual não foi minha surpresa, ao ser informado, no “service desk“, que o avião já havia decolado, e que eu havia cometido o ato falho de não “estar ligado nas coisas” – pelo menos foi esta a expressão usada pelo funcionário da cia aérea.
Pois bem. Aleguei para o funcionário que, embora estivesse do lado do portão de embarque definido, não havia sido dado nenhum informe sobre alteração do portão de embarque.
Veio aí a resposta fatal:
- “Não estamos aqui para ficar procurando pessoas, senhor. O senhor deveria ser mais atento”
Eu quase não acreditei no que ouvi.
Sem deixar de lamentar meu relaxamento brasileiro de aguardar que, ao fazer uma alteração do local de embarque, a cia aérea comunicasse, fiquei logo me lembrando do que acontece no Brasil.
Eu NUNCA tive um local de embarque modificado no Brasil em que não tenha sido notificado pela companhia aérea brasileira!
Repito: NUNCA!
O funcionário, enfim, emitiu um bilhete para um próximo voo, que sairia dali a algum tempo. E eu poderia enfim chegar ao destino.
Mas não saía da mente a postura de “transferir responsabilidade” por parte do funcionário “servidor”. Servidor? Perguntaria você, leitor.
Pura ironia!
De servidor ele teve muito pouco.
Felizmente, ao chegar ao novo portão de embarque, relatei o episódio a uma outra funcionaria da cia aérea, que, rapidamente, desculpou-se em nome da empresa, e me tranquilizou, assegurando que aquele portão de embarque não seria alterado, e que eu faria meu voo em direção ao destino final.
Acrescentou ainda que minha bagagem, embarcada no voo anterior, já havia chegado ao destino, e que estaria lá à minha espera quando eu lá chegasse.
Fiquei conformado, com a sensação de que “nem tudo está perdido nesta empresa!”
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