1- É necessário conhecer as gerações
- Os baby boomers – Nascidos entre (1946 e 1964);
- Os membros da geração X – (1965 -1979);
- Os da geração Y (1980-1995).
Cada um desses grupos vivenciou momentos diferentes da história e cresceu em um mundo cada vez mais modificado.
Os boomers, por exemplo, que chegaram a vivenciar todo o período da Ditadura Militar, tendem a ser mais metódicos e seguidores da ordem. Além de pouco favoráveis às mudanças e com dificuldade de adaptação às tecnologias. Que pode ser explicado pelo fato de terem nascido bem antes da internet e dos dispositivos móveis.
Por outro lado, as pessoas da chamada geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram. Como TV a cabo, videogames, computadores. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e por isso lutam por salários ambiciosos desde cedo.
Ao contrário de seus antecessores, os Y chegam a trocar de emprego com frequência. Em busca de oportunidades que ofereçam maiores desafios e crescimento profissional.
2- Equilibre os conflitos
“Com tantas peculiaridades entre esses perfis, é normal que eles entrem em conflito em algum momento”. Afirma a consultora em desenvolvimento de pessoas Tânia Zambelli, com mais de 30 anos de carreira e experiência nas áreas de gestão de RH e consultoria organizacional.
O que não pode acontecer, segundo a especialista, é o conflito perdurar e se tornar insustentável. Principalmente quando os envolvidos precisam trabalhar juntos ou na mesma equipe.
“Hoje em dia, por exemplo, é cada vez mais comum que um Gerente Executivo, de 30, 35 anos, com espírito jovem, antenado às mídias sociais e às novidades do mercado, seja subordinado a um Diretor bem tradicional, metódico e avesso a mudanças. Que chegou ao cargo, não apenas pela competência, mas também por estar há décadas na empresa. Nesse tipo de relação, que envolve duas pessoas com mentalidades bem distintas, a melhor estratégia para evitar conflitos corriqueiros. Eles podem desgastar o trabalho e até interferir na produtividade. É individualizar a abordagem e descobrir o que funciona com o outro”, explica Tânia.
3- Adaptação é o caminho
Para a consultora, ao invés, do funcionário mais jovem assumir que o seu jeito é o certo, o caminho mais assertivo para ele é se adaptar. Ou seja, descobrir qual deve ser a comunicação mais adequada com esse gestor.
“Será que ele é uma pessoa que vai até a sua mesa com frequência para uma conversa, prefere e-mails ou é adepto dos telefonemas? Ele tem uma postura mais analítica, gosta de gráficos, tabelas ou posso ter liberdade de tomar decisões sem seu consenso? Descobrir como é o método de trabalho do outro e criar uma boa postura relacional a partir disso, vale mais a pena do que simplesmente querer se impor. Principalmente quando estamos em situação hierárquica inferior”, aconselha.
Por outro lado, os veteranos também podem e devem descer de seus pedestais e aprenderem com as novas gerações. Que muito têm a ensinar, inclusive nos casos em que os jovens, mesmo com a pouca idade, já ocupam cargos de liderança. Nesse sentido, Zambelli acredita que a troca de experiências é uma mina de ouro no mundo organizacional e fundamental para que as empresas sempre estejam abertas ao novo.
“Foi-se o tempo onde as relações de poder eram 100% verticais, de cima para baixo. Os mais velhos podem compartilhar seu conhecimento no negócio, assim como os recém chegados ao mercado têm expertise para ensiná-los sobre as novas tendências tecnológicas mostrar seus insights. Essa é uma forma eficaz de aumentar o convívio e o respeito entre as gerações”.
4- Busque pontos em comum
Outra dica da especialista para contornar diferenças muito acentuadas no ambiente de trabalho é que os envolvidos em conflitos interpessoais busquem pontos em comum.
Sim, eles existem! “Apesar de mudarem de emprego com mais frequência, os Y, assim como os Boomers, valorizam a importância do treinamento. Já X e Y se sentem mais confortáveis com a diversidade e estilos de vida alternativos. Quando essas semelhanças são descobertas, os grupos passam a perceber que podem utilizar suas forças conjuntas e afinidades em prol do negócio, seja ele qual for”, ressalta.
O mais importante é que essas diferentes percepções que cada um carrega, e que muitas vezes são difíceis ou impossíveis de serem mudadas, não interfiram de forma negativa na convivência entre membros de uma equipe e comprometam a qualidade dos serviços oferecidos pela empresa.
“O atendimento ao cliente precisa ser feito e as soluções precisam ser levadas ao consumidor. Independentemente das rusgas que você tenha tido com seu gerente e/ou supervisor o profissionalismo deve ser mantido. Grupos distintos em uma empresa nunca vão acabar e eles são sempre válidos. A existência deles, quando se dá de forma saudável e respeitosa, traz diversidade de ideias, possibilidade de caminhos e pensamentos novos. Em contrapartida, o percurso contrário, ou seja, o da unanimidade é que deve ser olhado com desconfiança, afinal como dizia Nelson Rodrigues, a unanimidade é sempre burra”, finaliza Tânia.
Por : Tânia Zambelli
Fonte:rhportal.com
Comunicação LCA Treinamentos
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