Como tem sido suas incursões por bares e restaurantes de sua cidade? O que você acha de um bar que, em plena sexta-feira à noite, deixa faltar cerveja, a fritadeira não funciona, e os garçons parecem querer que o bar fique sem clientes, de tão friamente que tratam as pessoas? Vivemos uma época de “desprezar” cliente?
Aconteceu em plena sexta-feira, fim de tarde – início de noite.
Marido, esposa e filha, depois de uma semana de muita atividade, e recesso nos trabalhos, dirigem-se ao Barzinho de um bairro bem frequentado da cidade. Marido e filha, que já haviam visitado o local, haviam convidado esposa-mãe a ir lá, para que ela conhecesse o local, que tem uns bolinhos muito apetitosos.
Ao chegar ao local, esposa se sente atraída pelo ambiente, um tanto quanto planejado e acolhedor. Parecia ter sido uma casa velha, que, reformada com muito bom gosto e simplicidade, se tornara um local acolhedor.
Os três ficam a procurar um lugar aconchegante, o que infelizmente não acontece pois o bar, quase lotado, só disponha de duas mesas desocupadas.
Marido, um apreciador de cerveja de trigo, logo fez o seu pedido, que rápida e prontamente foi negado pelo garçom, alegando que, no dia anterior haviam tudo um evento grande, o que consumiu todo o estoque. Acredite se quiser: era sexta-feira, dia nacional de happy-hour no Brasil. E você sabe como brasileiro gosta de cerveja.
O bar não se preparara para repor estoque de um tipo de bebida muito consumido.
Enquanto passavam a vista pelo cardápio, o garçom trouxe outra opção de cerveja, a pedido de marido. Filha pedira água e um copo sem gelo. E recebeu água acompanhada de um copo cheio de gelo. Onde estava a cabeça do garçom que não atentou para o copo sem gelo? E foi embora!
Marido fica, quase que desesperadamente, procurando atenção do garçom, para solicitar a reposição do copo. Quando enfim, entre uma vinda rápida e outra do garçom, consegue que este direcione a vista para o seu lado, ele levanta o braço, para se fazer notado, e sinaliza para que o garçom venha até a mesa. Marido então, cavalheiro, pede ao garçom que providencie um copo sem gelo.
Garçom, imediata e prontamente, sem dizer uma palavra, pega o copo e, ali mesmo, vira o copo, derrubando as 4 pedras de gelo no chão. Assim, educado e higiênico. Felizmente o piso era de pedras sobre areia, que logo faria escoar o líquido resultante do gelo em decomposição.
Garçom segue seu caminho, sem nada dizer ou indagar. Também não perguntou aos três se já haviam escolhido algum pedido.
Quando enfim, decidem que bolinhos vão pedir, afinal os bolinhos parecem ser uma especialidade da casa, lutam novamente para atrair a atenção do garçom. Sabe aquela situação de ficar olhando atentamente, para ver se fica na direção da vista do garçom, ou mesmo levantar o braço meio sem estilo, para ser notado?
Enfim, conseguiram atenção de um garçom. E Chamaram-no. Ao chegar à mesa e ouvir o início do pedido de bolinhos, o garçom mais que rápido informa, em alto e bom som:
- Olha não temos bolinho hoje. Façam outro pedido!
Não estranhem a forma do texto. A fala do garçom foi alta, rápida e sem qualquer demonstração de interesse e afeto pelo cliente. E ele, de imediato, se retirou da mesa, parecendo apressado em continuar sua trajetória pelo bar.
Marido, esposa e filha se entreolham, e, meio decepcionados, ficam se indagando se aquilo de fato estava acontecendo.
Pouco tempo depois, Marido chama garçom, e faz um outro pedido, que, de imediato, receba informação de não estar disponível.
Marido pergunta então, diante do cardápio não tão longo, mas com certa variedade, quais opções estão disponíveis.
Garçom responde que “tudo o que não tiver fritura pode ser feito, pois a máquina de fritar estava com problema”, e, mais uma vez, sem um mínimo de atenção e paciência, se afasta da mesa.
Marido, esposa e filha se entreolham, quase não acreditando no que estão vivenciado.
E, algum tempo depois, na falta de apetitosos bolinhos, escolhem um filé com fritas acebolado.
Nova luta para serem vistos pelo garçom….
Quando, enfim, conseguem que o garçom chegue à mesa, fazem o pedido. E ficam papeando sobre o serviço oferecido no bar, procurando não deixar aqueles contatos um tanto quanto desastrosos estragarem o momento agradável que gostariam de usufruir.
Passado algum tempo, chega o “filé com fritas acebolado”. Pela quantidade, pode-se dizer que era fritas com filé, pois a proporção era, aproximadamente, de 4 a 5 pedaços de batata para cada pedaço de carne. Bem que podia se chamar “fritas com filé”!
Neste instante, a luz, próximo à mesa, se apaga!
Marido chama garçom e, informando o apagar das luzes, pede alguma atitude. Garçom responde que “é assim mesmo, tivemos uma queda de atenção”!
Quase na penumbra, esposa e filha conseguem, com ajuda da luz do celular, avistar os talheres e o filé. Ao experimentarem, logo perceberam que estava bem apimentado. Não teriam trocado o “acebolado” por “apimentado”?
Um pouco hesitantes, chamam garçom e perguntam se não houve algum engano, pois a carne estava bem apimentada. Garçom responde que não, e que aquele prato não leva pimenta. Marido, pegando um pedaço grande de pimenta vermelha, sobre as fritas, pergunta ao garçom o que é aquilo, senão uma pimenta.
Garçom pega o prato e diz que vai levar lá dentro.
Marido, esposa e filha começam a considerar a possibilidade de procurarem um outro local, que porventura tivesse mais atenção e cuidado com os clientes frequentadores de uma típica sexta-feira tarde-noite!
Mas decidem aguardar alguma resposta do garçom.
Passado algum tempo sem que garçom se manifeste, Marido chama-o, meio que com medo do que vai ouvir. E indaga sobre o fila acebolado que ele levara de volta à cozinha.
- “Eu devolvi o prato e cancelei o pedido”, responde o garçom, sem nenhum interesse pelo cliente.
Ao cliente, não resta opção senão ir embora. Ele pede a conta, que veio rápida e correta. E vão-se embora, os três comentando o fato de o garçom, em nenhum instante, ter demonstrado o menor interesse em bem servir, parecendo mesmo que “cliente é coisa maldita”!
Felizmente, duas quadras após, encontram um aprazível local, que fez com que a noite não ficasse perdida!
Fonte: klebernobre.wordpress.com
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