Hoje comemoramos O Dia do Cliente. De acordo com o idealizador da data, o consultor João Carlos do Rego, há diferenças entre o cliente e o consumidor, cuja data é comemorada no dia 15 de março. “Consumidor é aquele que compra para seu próprio uso e não para revender, já cliente é o que compra com o caráter da habitualidade de um mesmo fornecedor; a figura do antigo freguês”.
O consultor criou a data a partir da constatação de que a fidelização e o relacionamento com o cliente são ações pouco desenvolvidas no País e a data comemorativa torna-se um dia especial para colocá-las em prática.
E para conquistar e manter tanto o consumidor quanto o cliente, o varejo deve estar atento ao comportamento e acompanhar as constantes mudanças nos perfis desses compradores e buscar oferecer sempre o que for possível dentro da estratégia, espaço e recursos da empresa. Some-se ainda uma pitada de eficiência operacional para manter o custo competitivo, o que nem sempre se traduz pela oferta do preço mais baixo e, sim, o justo frente ao valor oferecido.
É importante observar o estilo de vida e os hábitos do público-alvo. Por exemplo: cresce no mundo o número de idosos. No ano 2000, 28% da população do Japão e 22% dos norte-americanos tinham 65 anos ou mais; em 2050, a estimativa é que a participação dessa faixa etária suba para 65% e 38%, respectivamente. No Brasil, os idosos somavam quase 10 milhões de habitantes no fim do século passado, ou pouco menos de 6% do total da população. São esses consumidores, pertencentes à chamada terceira idade, que com suas economias fazem suas refeições fora e vão regularmente ao cinema ou ao teatro, enfim, têm exigências próprias, diferentes de crianças, jovens e adultos mais jovens.
Já a ACNielsen revelou que 55% das mães com filhos pequenos nos Estados Unidos trabalham fora e 50% de todas as mulheres chefes de família concordam que não estão dispostas a preparar um jantar que dê muito trabalho. Talvez por isso, em 2003, as vendas de refeições e pratos congelados cresceram, juntos, 98%, segundo a ACNielsen. Ainda sobre as mulheres, pesquisa da LatinPanel e da revista SuperHiper mostrou que elas são responsáveis pela maior parte das vendas dos supermercados, ou seja, em 80% das vezes a decisão de compra é dela.
Diante desses cenários, o estabelecimento deve traçar estratégicas para cada segmento do mercado, oferecendo soluções completas aos clientes. Mas diante da falta de diferenciação entre as lojas, já que os produtos das grandes indústrias (marcas líderes) podem ser encontrados em qualquer loja, deixando de ser o principal critério de atração, a pergunta que surge é: "O que traz o consumidor até a minha loja para comprar nela, considerando que existem várias outras similares no mercado?".
A receita do sucesso está na visão do ambiente de negócios, na flexibilidade de adaptação da empresa (com base no foco ao consumidor) e na capacidade de ter permanentemente uma estrutura operacional enxuta e eficiente. O cliente vai para um ponto-de-venda que lhe ofereça serviços (ambiente, exposição, orientação, facilidades etc.), agregue valor aos produtos e conheça seus desejos e preferências.
Para auxiliar os supermercados e o varejo em geral, a Associação ECR Brasil oferece os “ingredientes” dessa receita: um conjunto de ferramentas que, se aplicadas, permitem às empresas considerar-se habilitadas e preparadas para sempre. Por meio delas, o varejo e seus parceiros se dispõem a compartilhar problemas, dificuldades e informações, introduzindo em conjunto as melhores soluções possíveis dentro do contexto operacional e estratégico de cada negócio e agregando novos valores constantemente para se manterem competitivos aos olhos do consumidor. Isso é possível com o acompanhamento das constantes mutações das necessidades dele e da tecnologia.
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