Estamos no CAMINHO CERTO

 Ronaldo Marcos dos Santos tem 15 anos e está no segundo ano do curso profisisonalizante em informática. 

Diferente de muitos jovens da sua idade, ele não tem muitas preocupações quanto ao mercado de trabalho. “Aqui eu sei que talvez nem precise procurar emprego. Já tem empresa que procura a escola atrás da gente. Ou seja, o emprego vem até o bom profissional.” O jovem que se forma no final de 2011 acredita que seu futuro está garantido, e a maior preocupação é aproveitar ao máximo tudo o que a escola oferece. No currículo do curso os jovens aprendem desde a história do computador, como manusear a máquina, a programas e conserto do equipamento.

Tamara e Eliete quase não se encontram na escola. As duas fazem parte de turmas que se formam em janeiro de 2011. Tâmara, 17 anos, vai sair da escola como técnica em enfermagem e Eliete, 16 anos, técnica em informática.

“A gente sabe que mercado aí fora está difícil pra quem não tem uma formação específica. Minha área está em crescimento, principalmente na área de programação. Aqui a gente já fez projetos para escolas públicas que deram certo. Eu, por exemplo, e minha equipe, elaboramos um programa até simples mas bem feito para uma urna eletrônica que foi utilizada para a eleição de um  grêmio estudantil. Nossa, quando você vê que você fez todo o processo e que deu certo, vale à pena. Hoje eu confio mais em mim e no fim do ano me sinto pronta para o mercado de trabalho,” diz Eliete.



Eliete dos Santos da Silva, aluna do técnico em

infrmática da  EEEP Paulo ortela

 

Tamara também tem consciência de que a área da saúde está crescendo. “Cada vez mais hospitais são abertos e se precisam de mais profisisonais. Eu sei que o técnico em enfermagem é um profissional requisitado no mercado, e meu sonho não pára por aqui, quero entrar no mercado e crescer cada vez mais para, só depois, fazer um curso superior. Hoje eu, que vim da escola pública, sou o grande motivo de orgulho da minha família, que luta muito pra comprar um jaleco e um estetoscópio pra mim. Eu sempre quis seguir na área médica, mas não sabia como poderia fazer isso. Era um sonho distante, já que  minha família não tem dinheiro. Agora eu vejo o caminho se abrir, basta eu querer. Não é porque você vem de família pobre que não tem como relaizar seu sonho, tem sim, eu sou a prova disso.”

“Nós acreditamos que os alunos das EEEP saem preparados para o mercado de trabalho. As primeiras turmas deixam a escola em janeiro de 2011, e nós estamos otimistas,  não nos faltam motivos pra isso. Os professores são qualificados e reconhecidos no mercado, e eles têm uma ligação forte com os alunos. Os nossos meninos de enfermagem, por exemplo. Eles visitam hospitais, ajudam no atendimento à comunidade, sempre sob a supervisão de profissionais, é claro; eles colocam a mão na massa mesmo. Nós fazemos parcerias pra que isso aconteça. Os alunos do técnico em informática já estão consertando máquinas no nosso laboratório de rádio, e até criando programas.

E temos alunos do turismo que estão sendo chamados para o mercado, é só eles se formarem e realmente começarem a trabalhar. A gente trabalha na escola a formação técnica e também a cidadã, para que eles tenham, além do conhecimento cognitivo, a formação cidadã. É clara a mudança, a transformação dos alunos de 2008, o ano que eles entraram, até hoje. Você percebe que eles evoluíram espiritualmente. Até o jeito de se vestir, a postura. Eles são profissionais respeitados na comunidade.” São as palavras de Aurilene Vasconcelos, Diretora da EEEP Paulo Portela.

Tamara Araújo dos Santos, aluna do técnico em enfermagem da EEEP Paulo Petrola

Como entrar nas EEEP:

A seleção é anual. Os interessados deve procurar a unidade mais próxima de casa. São critérios de avaliação a média do aluno no 9° ano, e a proximidade da casa com a escola.



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