sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pequenas Notáveis

Pequenas notáveis
Ricardo Corte Real: o cientista da computação prefere o
ambiente descontraído das pequenas organizações
 
 

O que é melhor: ser mais um numa grande corporação ou um profissional em evidência numa pequena empresa?


Seguro saúde, plano de previdência, bonificação por metas, carro da empresa, cartão de crédito corporativo — os benefícios que as grandes empresas oferecem podem ser irresistíveis. Isso sem contar o apelo do sobrenome corporativo famoso, que enriquece o currículo. Mas a grande empresa não é o único caminho para o sucesso profissional, é claro. É possível traçar uma carreira promissora em organizações menores. E, mais do que isso: há habilidades apreciadas pelo mercado de TI que são mais facilmente desenvolvidas em pequenas empresas, como multidisciplinaridade e capacidade de trabalhar junto às áreas de negócio.

Esse é um consenso entre profissionais de TI e especialistas. O profissional da pequena empresa aprende a trabalhar com as diferentes tecnologias usadas no ambiente ao mesmo tempo em que mantém contato direto com as áreas de negócio. Já na grande empresa a especialização é quase inevitável. Não dá para dizer que uma coisa é melhor que a outra. Há mercado para os dois perfis .
“Os profissionais das pequenas empresas são generalistas e têm visão de negócio. Esse é um ótimo perfil para áreas como desenvolvimento de produto e gestão de terceiros”, diz Marcelo Leite, diretor executivo de TI e Infraestrutura da CBSS — Companhia Brasileira de Soluções e Serviços, que administra os cartões Visa Vale. “Mas, para áreas como infraestrutura e telecom, a especialização é prioridade”, diz.

A vida na corporação

Financeiramente, a balança sempre pendeu para a grande empresa — seja pelo salário em si ou pelo conjunto de benefícios. Mas mesmo as pequenas e médias empresas estão preocupadas em criar mecanismos para manterem-se atraentes aos olhos de seus talentos. De acordo com o último relatório Deloitte e Exame PME, a gestão de recursos humanos está em segundo lugar entre as prioridades das pequenas e médias empresas para melhorar sua eficiência, ficando atrás apenas do controle de custos.

É preciso considerar, também, que grandes estruturas são mais lentas e burocráticas. Em meio a dezenas — e até centenas — de bons profissionais, uma pessoa pode ter dificuldade para se destacar. Em empresas de menor porte, o trabalho dela estará sendo acompanhado mais de perto. “Nas grandes empresas, a possibilidade de negociação é sempre mais engessada que em pequenas e médias, onde se pode sentar cara a cara com o presidente”, diz Ana Luiza Segall, diretora de TI e Telecom da consultoria de recrutamento Fesa.
Antes de ir para o Grupo Pão de Açúcar como gerente de TI, Roberto Portella trocou o gigante Unibanco pelo Banco Pine, financeira de médio porte onde ficou por seis anos. “O Pine era muito menor. O que me atraiu foi o fato de eu passar a ser o principal executivo de TI e poder reestruturar toda a área. Aquela foi uma oportunidade de crescimento profissional irrecusável”, avalia ele.

Defina o seu perfil
Para o especialista em carreira Gutemberg de Macedo, presidente da Gutemberg Consultores, mais importante que o tamanho da empresa é perceber se ela combina com a personalidade do profissional. “Há excelentes profissionais que não se adequariam ao ambiente formal de uma grande corporação. Um profissional sentindo-se deslocado não se desenvolve da forma como poderia”, diz.
Esse é o caso de Ricardo Mello Corte Real. Aos 37 anos, Corte Real sempre trabalhou em empresas de pequeno porte. “Não me sinto confortável com o ambiente formal da maioria das grandes empresas”, diz ele. Formado em Ciências da Computação, Corte Real trabalha há mais de dez anos como gerente de TI de uma agência finalizadora de filmes que possui 60 funcionários, a Estúdios Mega. “O pessoal é descontraído e tenho liberdade para organizar meus horários”, afirma.


Infonline.com


Comunicação LCA
 

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